Vigor Híbrido
Espiritualidade Transfinita - Mario Savagliani
Vigor Híbrido
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
True Technology
Advanced Alien species are not the ones that have external technology but the ones that know how to use their own bodies to travel around space, their minds to manifest matter and their heart to abide in love not in fear...
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Sucesso é o Inverso do que é Sucesso
Toda a felicidade possível de você sentir na vida já está nesse instante em você. Pense por um instante: esse bem estar que você chama de felicidade é liberado quando você acha que um dos itens da sua lista de condições é atendido. Mas a coisa em si não te trouxe isso, você é que inventou que precisava daquilo. Alguma coisa INTERNA produz a sensação maravilhosa na hora que você permite. Pois bem, alguns perceberam que dá pra produzir essa sensação sem condição atendida nenhuma!!! Assim como alguns aprenderam a tocar piano, a jogar basquete muito bem, ou a ganhar muito dinheiro, alguns aprenderam a produzir felicidade por nada. Acionam o “troço” e a coisa funciona! Sendo assim, não precisam que ninguém os aprove, que ninguém os condecorem com lindos troféus, não precisam que ninguém faça nada de diferente, não querem controlar nada nem ninguém...aprenderam o óbvio! O externo é só um feedback daquilo que sentimos por dentro e não o contrário.
As pessoas ficam olhando para o espelho esperando a imagem sorrir para então elas sorrirem. O reflexo jamais terá esse poder....
Queime sua lista de condições... liberdade é ser feliz sem nenhum motivo.....rimos do cachorro que corre atrás de sua própria cauda, mas fazemos isso o tempo todo. O primeiro principio hermético: somos o desejar, quem concede o desejo e o objeto de desejo em si.
Diga: Eu não quero que ninguém seja diferente, porque não importa. Felicidade NUNCA vem de fora. Materialista é quem espera que algo mude fora para ser feliz. Espiritualista é quem muda algo internamente para ver outra coisa externamente.A vida é só um eco...emita outra coisa se não esta gostando!
O universo ama os desencanados... os desencanados são os que aprenderam que são eles mesmo que liberam essa coisa chamada alegria... então não dá pra perder nunca! Ninguém vai roubar, nem por um instante porque não dá! Ela é imaterial....
Egoísmo ser feliz sem resolver tudo o que teoricamente é podre no mundo? Não, é a melhor coisa que você pode fazer pelo mundo. Uma pessoa realmente feliz, sem anseio de controlar os outros, que sente no peito que tudo está bem, afeta milhões sem nem abrir a boca. São essas a quem chamam iluminadas...
Crie uma lista de condições mais legal se você insiste em ter uma:
Serei feliz hoje se:
1-Eu tiver vontade de ir ao banheiro (pessoas com prisão de ventre evitem esse item).
2-Eu puder me sentar um pouco.
3- Se eu esbarrar com algum ser vivo qualquer.
4-Se eu quiser andar mais pra frente do que de ré. Se eu perceber que é possível andar de lado!
5-Se pelo menos um pêlo existir em meu corpo!
Bom, vou indo... vou deixar o bem estar ser liberado em mim independente da sua opinião sobre meu texto....então não vou tentar melhorá-lo em nada!!! Tchau!
domingo, 28 de agosto de 2011
A Prisão da Língua
Certezas Prematuras, Relativismo, e nossa Língua...
Continuando minha intenção de limpar a mente, tirá-la do estado impróprio para banho, deixando-a cristalina, apta a discutir qualquer coisa que seja, vou falar hoje sobre uma de nossas maiores prisões: nossa língua. E para falar mal dela vou ter que usar ela mesma, não tem outro jeito...
Ao ler Aristóteles tive meu primeiro choque ao ver alguém questionando o próprio instrumento que usamos para pensar, que é nossa língua. Até então, jamais havia tido sequer um pequena percepção de que o modo como penso e analiso as coisas é fruto de hábitos e vícios de linguagem, da própria estrutura da língua e da gramática que utilizo. Afinal meu repertório de palavras, o modo como uso o substantivo, predicado e verbo, parecia tudo o que existia, o princípio e essência de todas as coisas, a base para enxergar e discernir o mundo. Não nos perguntamos de onde aquilo veio e não desconfiamos de que podem existir outras e mais abrangentes estruturas lingüísticas para pensar. A língua, que deveria ser um instrumento para descrever a realidade, acaba virando a realidade em si, moldando o modo como enxergamos as coisas, pois não somos capazes de ir além daquilo que ela pode nos dar ou mesmo nos habituamos a usar muito menos do que ela poderia por vícios imperceptíveis. Passamos o dia submersos, soterrados e atormentados com frases e mais frases borbulhando pela mente: palavras, palavras, palavras...e na maioria das vezes, formando idéias absurdamente reducionistas que impõem a sensação de vazio e fatalismo, uma escravidão insuspeita, uma cegueira auto-imposta, totalmente limitadora para nosso objetivo aqui de discutir as coisas de forma limpa.
A yoga, como veremos em outros artigos, quando eficientemente praticada, nos faz perceber que não somos esse fluxo ininterrupto de frases. Apesar de sentirmos que esse desenrolar vertiginoso de idéias geradas por nossa língua é o que temos de mais íntimo em nós, descobrimos um nível mais profundo, muito mais “íntimo”, tão perto de nós que se torna invisível, principalmente devido ao “barulho” feito pela mente automática. Ele consiste na consciência que apenas contempla essa atividade febril do cérebro, mas não faz parte dela. Nessa consciência mora nossa vontade, que pode alterar a forma como essa mente automática funciona. Ao observar que não somos essa mente e tomarmos certa distância dela, podemos tomar posse, pegar as rédeas da carruagem que corria desvairada e começar a direcioná-la conforme aquilo que nos seja útil e preferível. Pior escravidão é aquela que nem percebemos que existe. A yoga e a auto-análise que estamos fazendo aqui nesses textos, são instrumentos de percepção dessa escravidão à mente inferior, que jamais será percebida pela maioria das pessoas que se julgam vítimas de tudo menos delas mesmas. Sua mente é seu carrasco, mas pode ser seu paraíso. A mente é fiel escrava, mas cruel senhor. Ela forma idéias terríveis que você aceita sem questionar, pois acha que teve liberdade para pensá-las, mal sabendo serem frutos de condicionamentos, medos, cultura de massa, padrões etc.
Nossos pequenos modus operandi são tão patéticos, mas ao mesmo tempo tão habituais, que nem ao menos percebemos que eles existem. Passamos quase o dia todo utilizando o seguinte e avançadíssimo esquema:
Substantivo + Verbo + Adjetivo
Ou seja,
Essa mulher é uma Idiota...o dia hoje está chato... o ser humano é podre...eu sou infeliz...eu sou isso....segunda-feira é uma chatice...
A promiscuidade de nosso vício maior: o tão amado e perigoso verbo “ser”. Como seria nosso pensar ao menos por alguns segundos sem esse verbo? Você já deve ter pensado várias vezes enquanto lê: “esse texto é uma m...” “esse cara que está escrevendo isso é um pretensioso” “é um b...”...éé é éé éé éé éé ´.....
Existem propostas de outras maneiras de pensar, de articular e montar nossas frases. Uma delas é o E-prime, que procura eliminar o máximo possível o verbo “é” daquilo que pensamos. Esse verbo nos tornou arrogantes e viciados em descrever o mundo com uma certeza vulgar que não cabe num universo tão amplo e relativo como o que vivemos. Nessa linguagem procura-se relativizar as coisas indicando ao nosso próprio cérebro que aquela percepção é pessoal, momentânea, fragmentada, mutável e jamais absoluta, jamais a essência de qualquer coisa que seja. Agindo dessa forma mantemos dentro de nós o frescor de espaços amplos e em perpétua metamorfose, não coagulando a energia em generalizações drásticas e definitivas, que estancam o rio da vida em preconceitos absurdos e inúteis. Toda depressão humana provem dessa atitude arbitrária de interpretações limitadas, gerando becos sem saída.
Atentos ao mal uso da língua, começamos a levar em conta que aquela percepção que temos sobre determinado fato ocorre somente em relação a nós mesmos e só naquele exato momento, no estado em que nos encontramos, com a cabeça que estamos, na temperatura daquele instante e nada mais que isso. Nossa opinião nunca é a essência de nada, mas apenas uma farpa ínfima no tempo. Não dá para afirmar nada sem também descrever sobre que ponto de vista aquilo está sendo afirmado. À partir dessa percepção alargada, a tensão da inflexibilidade começa a se dissolver, cada momento ganha dimensões infinitas e nosso estado passa a ser o da fluidez, da ausência de gravidade (no sentido físico e do nosso humor). Não damos vereditos, estamos sempre abertos a eventos futuros ou compreensões inesperadas que virão se somar àquele incidente formando um todo cada vez mais rico e inteligível-em-fluxo, nunca em si. Cada vez mais nos damos conta de que o conjunto de fatores que precisaria ser percebido para qualificar ou determinar qualquer coisa que seja está muito além de nossa capacidade sensorial e intelectual naquele instante. Seria como tentar entender a função de uma mitocôndria, sem poder perceber que ela pertence a uma célula, que pertence a um órgão, que pertence a um organismo e etc. Você não sabe tanto quanto a sua estrutura gramatical viciada parece te indicar. Você não é onipresente para poder usar o verbo “é” com tanta certeza como faz. O seu “é” veio de uma dezena (no melhor dos casos) entre milhões de outros fatores a se considerar. Praticamos uma ciência capenga e insólita em nossas teses sobre nós, os outros e sobre o universo. Condenamos a estreiteza dos fundamentalistas, mas fazemos esse papel várias vezes ao dia sem nos darmos conta. Enquadramos pessoas, países, situações e a nós mesmos, enxergando essências onde só existem flutuações relativas, e tomamos tudo por realidade, uma realidade pobre e estática, com conseqüências terríveis para nosso desenvolvimento pessoal e nossas comunicações interpessoais.
Einstein desencadeou a percepção do relativismo na física, onde nem o tempo pode ser determinado sem levar em conta o observador. Se você diz: um trabalhador demorou seis horas para terminar um serviço, terá que especificar em que estado de inércia está afirmando isso. Um observador em movimento mais rápido em relação ao trabalhador, dirá que o tempo para concluir o serviço foi maior que um observador em movimento mais lento diria. O tempo é pessoal! Até o “tic tac” varia. Não é possível se afirmar quanto tempo se passou. Seis horas podem durar nove horas, um minuto ou um milhão de anos!!! Newton que viveu bem antes de Einstein, dizia que o tempo era um fator absoluto. Einstein o desmentiu. Tudo para Newton era linear, causa e efeito. A física quântica o desmentiu. O mundo já viveu eras de certezas prematuras inúmeras vezes, e sempre vem alguém que despedaça essas certezas. Considere o fato de que todas as suas certezas são prematuras, talvez úteis por um período de tempo, mas inúteis em outros...uma a uma serão dissolvidas pela relatividade.
James Joyce escreveu o primeiro romance relativista, Ulisses. Muitas visões são dadas sobre um mesmo fato. E todas são verdadeiras em relação aos seus observadores, os inúmeros narradores do livro. Conforme a vivência, a experiência pessoal e as associações de idéias que tem na cabeça, a mesma história contada será outra história. Os fatos observados são outros, as interpretações únicas. E qual é a verdadeira? Depende, em relação a quem? A única realidade possível de se descrever é dupla: o fato em relação a alguém. O fato em si é inverificável. Ouvir uma história implica em três: a história, que é a história em relação a quem está contando e a nova história da história, imediatamente sendo formada por quem está ouvindo.
Alan Moore escreveu From Hell, baseado nos crimes de Jack Estripador, procurando criar uma história que não fosse sobre ”Quem Matou”, mas sobre toda a confluência de eventos, simultaneidades e sincronicidades que culminaram naqueles assassinatos. Nada é tão simples em nosso mundo que possa se reduzido apenas a ”quem matou”. Todo ato é a culminação de milhões de outros atos, e o principio de milhões de outros. Cada mínimo evento está ligado a todos os outros, nenhum fato é um fato isolado. Simplificamos tudo por ignorância ou preguiça, ou pelo prazer que o ego tem de sentir que compreendeu algo, que dominou um evento. Apontamos culpados e aplicamos vereditos, sempre sequiosos do prazer que advém de estarmos certos, justificados e de sermos “O” bem, o lado bom e inteligente. Como Nietszche disse, se fossemos realmente honestos sobre a maioria dos eventos teríamos que dizer: eu não tenho conhecimento suficiente para dar uma opinião sobre esse fato.
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Cientes das limitações da mente humana para averiguar a realidade, a “ciência” passou a utilizar-se largamente de máquinas de medição, instrumentos não humanos e matematicamente “precisos”. Com o tempo, percebeu-se que a única coisa que um instrumento desses faz é medir a sua própria capacidade de averiguar o mundo. Construídos por pessoas imersas no oceano quântico e eles mesmos feitos de energia em fluxo, não conseguem estar acima daquilo que tentam mensurar ou perceber e por isso estão inevitavelmente e derradeiramente viciados. Não temos instrumentos necessários para perceber e abarcar a realidade, nem em nossa retina, nem em nosso tato, nem em nossa mente e nem nos instrumentos artificiais. Vivemos na realidade que podemos perceber. Mas não estamos condenados a ela, pois pode ser estendida de várias maneiras como veremos em outros artigos. Para os mais ignorantes ficará sempre a certeza de que a língua, suas associações de ideias e seus instrumentos de medição já são tudo aquilo que existe. Eles são a medida de todas as coisas. Esses textos já estão buscando estender essa realidade limitada, pois nada é mais psicodélico do que idéias, vemos através delas.
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Extremismos acontecem muitas vezes por esse uso medieval da língua. Viciadas no verbo “ser”, nessa filosofia tosca de definir algo em essência, barbarismos reducionistas vão indiscriminadamente sendo formados, aleijando a capacidade de raciocínio das pessoas. A Espanha é... O paulista é....O esquimó é.... Mulher é... Homem é....Religião é... A pessoa passa a ver tudo por esses lamentáveis filtros e toma aquilo por verdade, minando qualquer possibilidade de pensar com claridade.
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A poesia apareceu graças a essa percepção do artista de que milhões de coisas que percebemos e sentimos não possuem tradução na prosa, no modo normal de escrever e falar. Daí veio a tentativa metafísica, ou melhor metagramática, de juntar as palavras comuns e habituais de uma tal maneira que transcendesse sua capacidade vulgar, para então atingir o inexplicável. A metáfora é um desses engenhos que impulsionam a língua a algo mais. As pessoas não têm lá muita paciência com nada que não seja óbvio, e essa arte esta praticamente extinta no nosso dia a dia. Mas todos compreendemos intuitivamente que tudo o que falamos contém um subtexto mais profundo, inverificável pela mente imediata, acessível somente a uma parte extra-cognitiva, que entende o inexpressável em símbolos.
Através dessas percepções de nossas limitações passamos a duvidar de manuais prontos para cada situação da vida, seja o que usamos em nossas mentes, nos livros que lemos, nos “líderes” que ouvimos. Não existe um método, não existe o certo, não existe guia de instruções e não existe uma realidade estática. Você consegue viver com essa amplidão toda? A vertigem é demasiada? Dá medo? Pessoas “pé-no-chão” são as mais presas em realidades limitadas. As “realistas” são as mais iludidas. O chão parece sólido, mas um dia vai ser puxado e ela vai ter que voar.
Não me estenderei falando de nossa língua porque meus argumentos tornam-se limitados à medida que me utilizo dela mesma para desmoralizá-la. Apenas desejo deixar essa sagrada idéia no ar: desconfiem. O modo como pensamos é só um entre outras infinitas possibilidades. E ele nos limita e muito. Desconfie, desconfie, desconfie... A estrutura que temos ao nosso dispor não é nem perto do tamanho do universo. Nossa língua de hoje em dia está um pouco acima da do homem das cavernas e muito abaixo do que pode ainda se tornar. O seu universo é do tamanho do que seu cérebro pode te dar nesse instante, e ele pode muito mais. Portanto, prudência em condenar pessoas e eventos, de definir situações e objetivar deduções é e sempre será um sinal de inteligência e clareza mental.
Quanto mais ignorante é uma pessoa, mais inteligente ela acha que é porque simplesmente não tem estatura suficiente para erguer a cabeça e perceber a pequenez de seu próprio mundo e o tomou por tudo aquilo que existe. Alguns preferem viver assim, mesmo que desconfiem que poderiam mais. Suas prisões são familiares e seguras e ficam nervosas se alguém quiser estender uma chave. Para todos os outros que cansaram da monotonia de passar a vida inteira usando o verbo “é”, de responder somente aos impulsos biológicos de se manter vivo e assegurar território, que ousam dar um basta na repetição compulsiva de pensamentos, ideologias e modos sociais de viver claustrofóbicos e insatisfatórios, para esses é que continuarei a escrever...tem alguém aí?
Dali e o absolutismo do tempo destruido por Einstein....
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Autoridade... mais uma coisa a ser questionada na mente...
Autoridade
Nessa jornada de tentar limpar de nossa mente tudo o que é um impedimento para o livre raciocínio e não tomar condicionamento por sabedoria, falarei agora sobre autoridade.
Aposto que a maioria dos que me lêem devem ter pensado: quem é ele pra falar essas coisas? Com que autoridade ele vai se meter nesses assuntos e falar de gente tão “grande”? Pois bem, a palavra autoridade quer dizer apenas quem escreveu, quem disse: o autor. Sou eu mesmo, prazer, o autor desses textos e não vou desfilar uma lista de cursos, diplomas ou a aprovação divina para que minhas palavras ganhem mais peso ou se tornem legítimas. Não, quero que bastem por si só, um elegante e coerente desenvolvimento de um tema que pode ou não convencer meu leitor sem nenhuma ajuda de fora. Vamos entender porque essa praga de “autoridade” tem tanto poder sobre a mente humana.
Estava eu treinando arpeggios básicos em minha guitarra na faculdade em Los Angeles quando um amigo entrou na sala e perguntou: -o que você está tocando?, dei uma de esperto e respondi: -“É Bach!”, no que o pobre exclamou impressionadíssimo: “Só podia ser coisa de gênio mesmo, ouvi de longe”. Nunca revelei a ele o ridículo da cena, mas até hoje me lembro. Ele era e é um excelente músico, mas não confiava só nos ouvidos treinados, mas em nomes. O valor agregado...
Dou risada em redes sociais como o Facebook, quando quase todas aquelas frases “sábias” que as pessoas amam escrever são atribuídas a Einstein, coitado. É como se a frase não bastasse por si só, e aí vem embaixo, pomposo: “Albert Einstein”, querendo dizer, tá vendo, foi um gênio quem disse isso! ... Agora sim, a frase vale. Quase nenhuma dessas frases veio dele, mas as pessoas precisam de um nome de peso...
Vocês imaginem então no campo espiritual quanta lambança é feita com essa coisa do “quem disse”. As pessoas ouvem as frases mais óbvias e clichés, mas só porque alguém diz ter canalizado aquilo do grande Saint Germain, ou sei lá quem, a pessoa diz: Nossa, que lindo e sábio isso!. O mestre vem lá das oitavas de luz para despejar sua sabedoria sobre nós e diz: “Nada é mais importante do que o amor”...e as pessoas ficam todas arrepiadas com a profundidade e beleza da frase.
Como competir se quem disse aquilo foi o “Único filho de Deus”, ou o livro é do próprio “Deus Único” ou de um iluminado que é o único que ouve Deus? O que toda essa gente quer dizer é: o que eu falo é certo, ouçam e não ousem raciocinar. Minha opinião é a que conta, a sua vem da onde? Da sua cabeça? Que absurdo!
Já pensaram na genialidade que é a palavra “blasfemo”? É a autoridade te impedindo com ameaça implícita de pensar por si só. Um instrumento de poder brilhante.
Estava eu num desses cursos da Fraternidade Branca, quando me passaram a letra de um hino composto pelo grande El Morya, um mestre ancestral da humanidade. Eu como músico comecei a ter pensamentos blasfemos enquanto ouvia aquilo, dizendo para mim: “Poxa, o cara é um mestre iluminado, podia ter composto algo melhor não? Que melodia mal feita! Mas logo me repreendi imaginando que tinha alguma pureza ali, na coisa simples mesmo. Neguei a minha autoridade interna em prol de um nome, de alguém que disse que aquilo vinha de um mestre. Fazemos isso muito mais do que tomamos consciência.
Por que diabos acreditamos que alguém é iluminado? O que quer dizer isso? Esses gurus dão até data e hora de quando se iluminaram. Com isso pretendem dizer: a partir desse dia, tudo o que eu falo é o certo, eu não erro mais.
Outra coisa que impressiona muito as pessoas é o fato de algo ser muito antigo. Os babilônios, os egípcios etc. O livro tem 400 mil anos...deve ser bom. A linguagem é esquisitíssima, não se sabe se é alegoria ou literal, a tradução pode ou não ser a correta, e a partir daí vamos ter o sábio que saberá interpretar cada palavra. Credo!!! Se eu quiser iniciar uma nova religião não vai valer porque tem que vir de um época inverificável e remota para que não possamos ver falhas. O profeta que não podemos ver ou ouvir será muito mais infalível.
Ficamos impressionados só porque algo está impresso num livro, porque falaram na novela, porque muita gente diz, porque o cara fez um curso no Himalaya, porque ele colocou Sacerdote na frente do nome, porque ele usa uma farda ou um manto laranja... negamos a nossa própria autoridade com uma facilidade absurda.
Por isso William Blake elogiava os demônios porque eles não acatam nada, pensam por si só, não são como anjos que apenas seguem ordens. Atenção cristãos, tudo isso é simbólico...
Meu objetivo não é demolir suas convicções religiosas ou filosóficas, mas apenas devolver a autoridade para você e ninguém mais. Use uma idéia externa porque você sente no peito que é coerente com você e seu ser e não porque o iluminado falou. Muita gente poderia ser genial e acaba se diminuindo tristemente pelo fato de não bancar seus próprios pensamentos.
Como a mente humana é impressionável e suscetível a essa coisa de autoridade! As pessoas que tem o dom da oratória e falam com convicção são reis em nossa sociedade, dominam multidões que não tomaram posse de suas mentes. Termino o texto com um novo entendimento sobre a frase: “Santo de Casa não faz Milagre”. Você é o santo dentro de você mesmo, que nunca confia em você. Ilumine-se hoje mesmo. Iluminação só pode ser tornar-se aquilo que se é;
Olhem que ridículo, Osho (iluminado auto-proclamado), e tido como um iluminado por milhões, falando mal do Jazz (final do vídeo)! Esses gurus dão opiniões pessoais e preconceituosas como se fossem “a sabedoria”. Duvidem de tudo... Aquela comida que ele diz ser péssima, pode ser ruim só pra ele... aquela música que ele diz ser só barulho, é barulho pra ele.... aquilo que ele considera o “mal”, pode estar nos olhos dele.... Ouvi um dia um iluminado brasileiro (muitos assim o consideram) dizendo que a música da banda Van Halen é tão baixo nível espiritualmente falando, que o mundo astral fede insuportavelmente para ele que pode perceber por ter mais sensibilidade que nós. Imaginem se Ed Van Halen, um dos maiores guitarristas de todos os tempos, um ser inspiradíssimo, fosse confiar num “mestre” idiota desses e negasse sua própria música, seu dom? E esse Osho negando a benção do Jazz? Todos aqueles gênios cheios de swing e sentimento não valem nada? Cada um cria seu mundinho esquisito, e tem gente que segue...
Colocarei mais vídeos mostrando o quanto essa gente abusa, tacando manias pessoais como sabedoria encima dos outros.... Abençoada época em que vivemos, podendo cruzar tantas informações e percebendo o ridículo com mais clareza..."Jazz is not Music.." grande Osho...
http://www.youtube.com/watch?v=mmAo99SW6_E&list=FLiL1-Tc-ea0c&index=14
domingo, 14 de agosto de 2011
Quociente de Objetividade....(texto longo, mas necessário)
Antes de começar uma discussão sobre qualquer assunto que seja é preciso conhecer melhor a fonte real das opiniões humanas e como elas se manifestam. Muito se fala do “Q.I.” das pessoas, ou seja, o famoso quociente de inteligência que definiria a capacidade de cada indivíduo de relacionar fatos e chegar a conclusões lógicas e eficientes. Há porem um outro tipo de quociente que é muito pouco falado, discutido ou mesmo percebido pelas pessoas: o quociente de objetividade. Entender o que é esse quociente é de vital importância para adentrarmos qualquer discussão, pois é através desse entendimento que aprendemos a suspeitar dos argumentos das pessoas envolvidas e principalmente dos nossos (o que é sempre mais difícil). Em poucas palavras e já tentando ser o mais objetivo possível, esse quociente de objetividade procura evidenciar o quão livre de preconceitos, traumas, compulsões, medos, emoções, negações e egocentrismos a pessoa está em relação ao tema que é debatido, para que de maneira limpa, realmente possa ser racional e argumentar honestamente. Todos nos consideramos absolutamente lógicos, racionais e objetivos quando damos nosso parecer. Aquele calor que sobe pelo corpo durante as discussõezinhas mais efêmeras, sempre mostra o contrário... quanto mais importante um assunto é para nós, parece que mais baixo se torna nosso quociente de objetividade. Como todos os assuntos de uma forma ou de outra estão conectados, quase nunca somos genialmente objetivos em relação a nada.
Existem dois circuitos básicos biológicos em todos nós que são imediatos e afloram de maneira instantânea e imperativa, sempre influenciando nossa concatenação de idéias.
O primeiro deles vem desde nosso berço, é a chamada fase oral. Para sobreviver, a única coisa que sabemos realmente fazer é sugar. O peito da mãe é nossa segurança, nossa fonte de vida, nosso lar. Tudo o que vemos pela frente levamos à boca para avaliar se é tão bom quanto o peito materno. Ao contrário do que pensamos, essa fase oral nunca passa. Para sempre estaremos analisando tudo o que existe no mundo entre nutritivo e seguro, e venenoso e perigoso, de maneira não tão racional como gostamos de pensar. Aquilo que nos é familiar, para sempre se tornará o que é seguro. Por esse motivo, poucos são os que escapam das convenções sociais de seu grupo. Se a pessoa tem a idéia de um pai celestial que a protege, você não conseguirá argumentar com ela sobre a existência ou não de tal ser, pois muito antes de raciocinar ela precisa sentir-se segura e o fato de questionar tal coisa faz com que toda sua estrutura biológica se defenda, comprometendo toda a objetividade. Ela só ouvirá argumentos que confirmem sua paz, que a mantenha segura. Isso é bem mais importante do que descobrir a verdade. (não estou querendo dizer que isso é ou não verdade, usei esse assunto como poderia usar outro qualquer)
O segundo circuito que começa a aparecer pouco depois no desenvolvimento da criança é o de defender território. Todos os animais buscam perpetuar e proteger seus próprios genes. Seu “pool” genético. Tudo o que o ser humano faz em busca de poder é a mesma coisa que um felino faz ao espalhar seu excremento: demarcar e aumentar seu território para perpetuar sua espécie. Do macho com medo de perder o status frente a sua fêmea ao torcedor desesperado para que seu time vença, todos procuram espalhar sua própria semente e vê-la ganhar o mundo. É muito difícil ter uma discussão limpa quando na verdade os indivíduos estão apenas interessados em mostrar superioridade, confirmar território, manter status e derrotar o gene alheio.
Quando a pessoa então se enamora de suas próprias idéias tudo fica pior, pois com o tempo passa a assumir aquele conjunto de crenças como seu próprio “Eu”. Atacar essas idéias é atacá-la pessoalmente, invadir seu território. Ela já nem percebe mais que aquilo é uma crença, para ela é a realidade, sua própria individualidade. Por orgulho (medo de perder território) ela jamais conseguirá rever aquelas idéias, pois será o mesmo que negar a si mesmo, recuar. O cético dificilmente ouvirá argumentos interessantes sobre espiritualidade, pois já associou seu ceticismo a si mesmo, à sua superioridade mental, e portanto, não ouvirá nada que não confirme o status conquistado há anos. Se não entende algo ele procura desprezar e dizer que não é importante.
Um cientista vai ficando cada vez menos objetivo à medida que os anos passam e ele insiste em provar uma teoria, sua grande tese. A vontade de estar certo e brilhar, ou mesmo só ter dinheiro para sustentar sua família, vai comprometer e sujar todos os seus dados. Nada corrompe mais um experimento do que uma vontade pré-determinada em favor de determinado resultado. E como não existem pessoas limpas o suficiente (veremos isso mais detalhadamente futuramente em outro artigo) nenhum experimento realizado até hoje em nosso planeta está livre de nós mesmos , ou seja, nada pode ser analisado em si, mas somente através de nós, comparando duas realidades. A física quântica mostra como isso é fatal e altera tudo o que tentamos entender. Achamos que vemos a realidade, mas apenas vemos algo em relação a nós mesmos.
Todas as opiniões humanas estão comprometidas por esses dois circuitos. Precisamos sentir segurança garantindo a sobrevivência e demarcar nosso território para proliferar nossos genes. Isso parece reducionista e básico demais para nós que nos consideramos tão intelectuais e abençoados como a elite do planeta. Mas fato é, que por debaixo de todo o verniz somos sim animais, e como tais, usamos de todos os recursos ao nosso dispor para executar essas tarefas básicas, simples, inerentes e biológicas, programadas em nosso DNA.
Só para citar dois exemplos gritantes entre pessoas inquestionavelmente brilhantes, Einstein só admitiu as idéias da física quântica quando foram definitivamente comprovadas por cientistas e ele não tinha mais argumento contra possível... Edson passou a vida inteira sendo contra a corrente alternada de Tesla, alegando ser perigosa, o que comprovadamente não era verdade. Pelo simples fato de não serem idéias suas, esses cientistas obscureceram seus próprios raciocínios para poderem reinar supremos. Ahh, que feio...
Por isso muitas vezes percebemos pessoas muito inteligentes colhendo só os fatos relevantes a sua própria versão das coisas de forma grotescamente desonesta e burra, na maioria dos casos claramente inconsciente. Com generalizações bizarras, associações incoerentes e cegueiras convenientes, assistimos pasmados a esse show circense do “é porque é”, com a pessoa fazendo as manobras mais absurdas para tudo caber em sua teoria. Podemos dizer que em determinado assunto tal pessoa é inteligente, mas em outro ela se torna uma toupeira sem nem perceber. E como fica difícil debater qualquer coisa que seja com esses impulsos biológicos tão fortes minando o raciocínio. E as associações complexas e infinitas que cada individuo faz em sua mente, dividindo arbitrariamente tudo entre seguro, familiar, bom/ mau, bonito/feio, isso sou eu, isso não sou eu, tomando subjetividade por comprovação, conectando isso aqui isso ali, faz com que cada um viva num mundo incrivelmente único. Daí vem a frase: brigamos tanto porque achamos que vivemos no mesmo mundo. Nada mais longe da verdade. Você conectou amarelo com pus de forma definitiva há muitos anos atrás e não sabe, então como é que vai curtir minha camiseta amarela? Quando penso na Alemanha, o que mais associo a ela é Beethoven. Você é Hitler. Quando ouvimos juntos “Alemanha” estaremos ouvindo a mesma palavra, pensando no mesmo país? Claro que não...
Mas, é possível sair disso tudo. Neutralizar os dois circuitos básicos é essencial para liberar nossas habilidades mais avançadas. Nosso maior dom como seres humanos, o que nos diferencia de outras espécies, é o de avaliar nosso comportamento e mudar. Discutir um fato sem necessidade de segurança e medo de ser aniquilado e sem vontade nenhuma de defender e espalhar o próprio pool genético, nos libera para um nível superior. Esse é o objetivo aqui nesse blog... aumentar o quociente de objetividade o quanto for possível a nós animais.
Todos nós já tivemos a experiência de participar de uma rodinha de amigos, onde de repente, sem saber como, entramos num momento iluminado onde ninguém se importa mais em parecer ou defender nada, os impulsos biológicos básicos foram neutralizados e tudo flui de forma deliciosa, cada um contribuindo para o assunto de forma essencial e pertinente, como um organismo perfeito, até o momento em que um dos indivíduos se sente ofendido e ameaçado porque viu algum assunto essencial a ele ser contrariado e a magia se desfaz. A mediocridade volta a reinar e cada um se arma até os dentes novamente...
Pergunte a seu amigo ou esposo quando ele lhe vier confiante com uma afirmação qualquer: “Com que quociente de objetividade você me diz isso?”
Sempre será saudável questionar a nós mesmos e aos outros, o quanto for possível a quantas anda o tal quociente de objetividade em relação a tudo se quisermos real e honestamente compreender uma questão. O que chamamos de intuição, aquela voz que vem lá de dentro e que muitas vezes contraria todos as outras vozes inferiores de sobrevivência, é uma voz que poucos ousam seguir, mas que é o verdadeiro raciocínio, a claridade e o que chamam de quinto circuito, a ausência total de pré-julgamentos do animal acuado. Muitas técnicas psicológicas e espirituais visam justamente a bem aventurança desse estado. Mais isso é papo pra outro dia...e com certeza eu não consegui a plenitude de um quociente de objetividade 100% nesse texto...portanto desconfiem de cada linha! ...talvez tenha escrito só pra parecer inteligente e ganhar território... ahhh que feio!!! Paciência...
terça-feira, 9 de agosto de 2011
O Começo...
Esse blog é para pessoas corajosas, sem medo de investigar suas crenças e de por vezes perder o chão... é para pessoas que suspeitam que tudo aquilo em que acreditam pode estar errado e que estão atoladas numa intrincada rede de condicionamentos e fantasias imperceptíveis... é para adultos que começam a notar que "realidade" é somente aquilo que suas mentes têm a capacidade de perceber nesse instante...
Vamos esculhambar ateus e crentes, evangélicos e budistas, darwinianos e criacionistas, físicos e padres, alheios e interessados, vítimas e carrascos... Destruiremos doutores, gurus e mestres iluminados com poucos e eficazes argumentos... explicitaremos o ridículo dos céticos e da ciência... Mostraremos o poder da palavra e seu encantamento sobre as pessoas... edificaremos uma nova visão sobre as coisas, uma que não seja de segunda-mão, heranças carcomidas de pessoas mortas e sociedades decadentes que aceitamos sem nem perceber... existe algo além da novela, do futebol e dos noticiários... existe algo além do que seu pai e sua mãe pensam do mundo... o universo não cabe na religião que te foi dada ou no ceticismo que você copiou... Você não cabe mais no seu grupinho social...
Sua função como leitor de meu blog é atacar meus argumentos e desmoralizá-los... é desse cruzamento incessante de ideias que chegaremos a um vigor híbrido cada vez mais interessante... .. infinita sensação de que existe algo que eu ainda não pensei que pode mudar tudo... os seres que se cruzam com as diferenças ficam cada vez mais fortes, os puristas que só cruzam entre si, cada vez mais fracos...
... infinita e abençoada sensação de que existe algo que eu ainda não não fui capaz de pensar que pode mudar tudo o que penso agora... Welcome to the Jungle...
Vamos esculhambar ateus e crentes, evangélicos e budistas, darwinianos e criacionistas, físicos e padres, alheios e interessados, vítimas e carrascos... Destruiremos doutores, gurus e mestres iluminados com poucos e eficazes argumentos... explicitaremos o ridículo dos céticos e da ciência... Mostraremos o poder da palavra e seu encantamento sobre as pessoas... edificaremos uma nova visão sobre as coisas, uma que não seja de segunda-mão, heranças carcomidas de pessoas mortas e sociedades decadentes que aceitamos sem nem perceber... existe algo além da novela, do futebol e dos noticiários... existe algo além do que seu pai e sua mãe pensam do mundo... o universo não cabe na religião que te foi dada ou no ceticismo que você copiou... Você não cabe mais no seu grupinho social...
Sua função como leitor de meu blog é atacar meus argumentos e desmoralizá-los... é desse cruzamento incessante de ideias que chegaremos a um vigor híbrido cada vez mais interessante... .. infinita sensação de que existe algo que eu ainda não pensei que pode mudar tudo... os seres que se cruzam com as diferenças ficam cada vez mais fortes, os puristas que só cruzam entre si, cada vez mais fracos...
... infinita e abençoada sensação de que existe algo que eu ainda não não fui capaz de pensar que pode mudar tudo o que penso agora... Welcome to the Jungle...
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